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Maquiamos todos os males propiciados por um estilo de vida egoísta, mesquinho e ganancioso. Hoje, o sistema que por tantas vezes se readaptou com o intuito de buscar novas justificativas sobre o poder baseado no ter, sofre as consequências que o impede de respirar, colocando-o na berlinda!

A crise econômica financeira da Europa reflete muito bem o momento que vivemos. A corrupção, a falta de caráter, a ausência de ética na gestão pública e corporativa permanece há muito tempo e antes com o seguinte agravante: tudo passando despercebido devido a não existência de processos interativos que atualmente se apresentam pelas redes sociais, ciberespaços e outros recursos. Como uma pequena úlcera que sangra, porém não diagnosticada, o corpo segue aparentemente saudável como um titã incólume.

Inúmeras teorias já foram apresentadas, no entanto pouquíssimas colocam em xeque a real necessidade de uma inversão de valores, ou até mesmo da exterminação de formas de conduta nocivas ao ser humano em suas relações com o mundo e com o próximo.

Tirando os inúmeros benefícios e vantagens propiciados pela tecnologia e pela química, muitas vezes ficamos acomodados por soluções superficiais que mostram o efeito sem tratar a causa. Posso realizar negócios com o mundo todo pela interatividade, no entanto se eu o fizer pensando no individual desconsiderando o todo, acabei de matar as benesses oferecidas por um ambiente empresarial conectado. Ao sentir dor de cabeça, recebo o alívio da pílula, mas continuo dominado por aquilo que me sufoca emocionalmente.

É preciso resgatar a sabedoria proposta e anunciada no decorrer da história, por antigos filósofos. Recuperar o homem grego já proclamado pelo pensamento socrático que visa o cultivo das virtudes, o convívio, a colaboração e o encaminhamento para o bem. Mas o que existe de melhor neste enunciado? A resposta reside em um mar de oportunidades através do surgimento de uma nova ordem que por uma revolução de veludo, sem propaganda começa aparecer. Querendo ou não, teremos que resgatar lições de casa que foram negligenciadas e substituídas por caminhos caracterizados pela superficialidade.

Independente da "paella" (uma lagosta de 500g dividida ao meio, 500g de lulas em rodelas, tentáculos de polvo, camarões médios e mexilhões com casca, coxa de frango em pedaços, azeite, cebola, alho, tomate, açafrão, pimentões e caldo de peixe) composta por diferentes regimes políticos,sistemas econômicos, bandeiras ideológicas, capitalismo, socialismo e outros "ismos", sabemos o quanto é necessário mudar. Mudar para valer, virando do avesso, sem subterfúgios, nem retóricar e buscada de candidatos que ao serem eleitos, ocupando cargos para o exercício de importantes funções, são pegos em situações bizarras, conscientemente arquitetadas e camufladas. Aí vem o tapinha nas costas, o discurso de despedida e por fim: o famoso adeus carregado de emoção em que até o bisavô e a bisavó são lembrados.

Chega de papo furado! Um brinde aos novos tempos, às novas gerações que estão por vir. Pois reside nestes novos, mais do que um simples up grade, uma verdadeira reengenharia do comportamento. E para os mais maduros, um novo pensar, disposição e muita coragem em relação aos nossos jovens e crianças para incentivá-los à liberdade que se conquista pela verdadeira educação: aquela que não se restringe somente ao conhecimento, mas tem sua raiz no amor e no caráter.

Por: Professor Joval F. Junior, Consultor Empresarial com atuação em projetos para o Planejamento Estratégico e Business Plan de Organizações. Professor nas disciplinas de Fundamentos na Gestão de Marketing, Marketing de Serviços, Marketing de Varejo, Propaganda e Publicidade, Marketing de Relacionamento, Comportamento do Consumidor, Merchandising e Promoções de Vendas. Gestor do Instituto Brasileiro de Educação, Pesquisa e Ações Sociais – EDUCAS.